Procurarei desta vez por meio de uma história
fictícia, mas que com toda certeza, já aconteceu com muitos de nós evangélicos
que buscam, a cada dia buscar viver as escrituras com o máximo de nossos
esforços, explicar um fenômeno que está acontecendo nos dias atuais. O
personagem principal se chama Ezequiel, através de sua experiência iremos, na
medida do possível, trazer alguma aplicação.
Vamos conhecer a experiência do Ezequiel.
Filho de casal de humanistas - seus pais eram
cientistas - desde sua infância nunca
teve interesse em saber sobre religiões ou o próprio Deus. Sempre teve como uma
verdade na sua vida que Deus nada mais era que uma construção da sociedade em
função da necessidade de explicar acontecimentos até então inexplicáveis.
Durante sua infância e pré adolescência ouvia, de
vez em quando seus pais indignados com as atitudes dos “bandidos da fé”, mas
não entendia muito bem o que eles queriam dizer; nem se interessou muito pelo
assunto. Vezes ou outra, quando trocava de canal na sua TV, ou acessava as
redes sociais via algumas coisas de alguns amigos falando sobre Deus e suas
maravilhas ou criticas horrendas sobre o que acontecia nos templos onde este
Deus era cultuado.
Quando completou 15 anos de idade começou a ter
algumas dúvidas sobre temas do evangelho, isso muito em função do testemunho de
alguns colegas de turma que tinham comportamento e postura irrepreensíveis e
sempre davam glórias a Deus por tudo que faziam ou conquistavam. Movido mais
por curiosidade do que por qualquer outra coisa, procurou pesquisar sobre
alguns assuntos relacionados a igrejas evangélicas brasileiras e viu poucas
coisas boas, estava difícil não encontrar coisas negativas sobre a igreja.
Após meses vendo que o meio evangélico era tão
corrupto, ao contrário dos seus colegas íntegros que via todos os dias,
resolveu dar uma chance de conhecer uma igreja para quem sabe se converter e
ser como eles, marcou com seus colegas, pois deduziu que lá seria diferente até
pelo fato deles serem tão distintos dos cristãos que ele encontrou na internet.
O encontro estava marcado. Ezequiel separou um domingo para assistir um culto
na esperança de estar errado sobre alguns conceitos que inconscientemente já
estava começando a construir sobre as igrejas.
O culto começou bem, após uma palavra inicial, um
momento de adoração que até deixou-o emocionado; durou por cerca de uma hora,
mas depois aconteceu algumas coisas que ele não entendeu muito bem; ele ouviu
dizer que era obra do Espírito Santo então, já que não o conhecia, não se meteu
a questionar. Logo após todo aquele “mover” entraram no período do culto que
era destinado às ofertas. Ele prestou bastante atenção, pois com base em suas
pesquisas via que este momento era o mais polêmico do culto. O pastor ficou cerca
de uma hora fazendo apelos para que a oferta fosse entregue, até estipulou
valores. Ezequiel, mesmo na sua ignorância percebeu que aquilo não era normal e
após ter tido a experiência de pela primeira vez assistir um culto, viu que as
coisas que via na internet não estavam muito longe da realidade.
Naquele dia não houve um momento da exposição da
palavra, o pastor ficou tanto tempo pedindo ofertas que quando caiu em si, as
horas já estavam avançadas. Se não houve exposição bíblica, não houve espaço
para o Espírito Santo constrange-lo a ponto de se render aos pés de Cristo.
Pelo contrário, ele se tornou um ateu mais convicto e certo que igrejas eram
nada mais, nada menos que dutos de corruptos que usam da fé alheia para
enriquecer.
De nada adiantou o testemunho dos seus colegas de
escola, o seu evangelismo foi sabotado pela própria igreja de que eram membros.
Infelizmente isso esta acontecendo cada vez com mais frequência em nosso meio.
Não conseguimos mais levar ninguém a nossas igrejas pois sabemos que elas não
tem compromisso com a palavra e estão mais preocupados com bens e dinheiro do
que com arrependimento de almas.
O que fazer? Mantermos a convicção e esperança que
podemos sim mudar o rumo da igreja do nosso país, através da reforma! Afinal de
contas, todos nós seremos o futuro delas.
Muito bom!! Nos leva a refletir em como o culto a Deus e para a sua própria glória tem sido deturpado ao gosto dos homens para os entreter
ResponderExcluirNossa! Que texto incrível... Me levou a pensar se em algum momento eu também não sabotei o evangelismo de alguém. Isso é desesperador. Como presente e futuro da igreja, temos que garantir que pelo menos de nossa parte Deus não será mal visto ou interpretado.
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